Com base no texto, analise as afirmações a seguir e marque a alternativa que contempla(m) a(s) correta(s):
Apenas I
Apenas II
Apenas I e III
Apenas II e III
I, II e III.
Interpretando historicamente a relação de vassalagem entre homem amante/mulher amada, ou mulher amante/homem amado, pode-se afirmar que:
O Trovadorismo corresponde ao Renascimento.
O Trovadorismo corresponde ao movimento humanista.
Somente Trovadorismo foi influenciado pelo Medievalismo.
Tanto o Trovadorismo como o Humanismo são expressões da decadência medieval.
O Trovadorismo corresponde ao Feudalismo.
Nas cantigas de amor, a ideia de poder retoma o conceito de
Fé religiosa
Relação de vassalagem
Idealização do amor
Saudade de um ente distante
Igualdade entre as pessoas
Sobre o Trovadorismo em Portugal, é correto afirmar que:
Sua produção literária está escrita em galego ou galaico-português e divide-se em: poesia (cantigas) e prosa (novelas de cavalaria).
Utilizou largamente o verso decassílabo porque sua influência é clássica.
A produção poética daquela época pode ser dividida em lírico-amorosa e prosa doutrinária.
As cantigas de amigo têm influência provençal.
A prosa trovadoresca tinha claro objetivo de divertir a nobreza, por isso têm cunho satírico.
Assinale a alternativa incorreta a respeito do Trovadorismo em Portugal.
Durante o Trovadorismo, ocorreu a separação entre poesia e a música.
Muitas cantigas trovadorescas foram reunidas em livros ou coletâneas que receberam o nome de cancioneiros.
Nas cantigas de amor, há o reflexo do relacionamento entre o senhor e vassalo na sociedade feudal: distância e extrema submissão.
Nas cantigas de amigo, o trovador escreve o poema do ponto de vista feminino.
A influência dos trovadores provençais é nítida nas cantigas de amor portuguesas.
Assinale a alternativa incorreta a respeito das cantigas de amor.
O ambiente é rural ou familiar.
O trovador assume o eu-lírico masculino: é o homem quem fala.
Têm origem provençal.
Expressam a “coita” amorosa do trovador, por amar uma dama inacessível.
A mulher é um ser superior, normalmente pertencente a uma categoria social mais elevada que a do trovador.
Sobre a poesia trovadoresca em Portugal, é incorreto afirmar que:
Refletiu o pensamento da época, marcada pelo teocentrismo, o feudalismo e valores altamente moralistas.
Representou um claro apelo popular à arte, que passou a ser representada por setores mais baixos da sociedade.
Em boa parte de sua realização, teve influência provençal.
Pode ser dividida em lírica e satírica.
As cantigas de amigo, apesar de escritas por trovadores, expressam o eu-lírico feminino.
Nas cantigas de amor,
O trovador expressa um amor à mulher amada, encarando-a como um objeto acessível a seus anseios.
O trovador velada ou abertamente ironiza personagens da época.
O poeta pratica a vassalagem amorosa, pois, em postura platônica, expressa seu amor à mulher amada.
O “eu-lírico” é feminino, expressando a saudade da ausência do amado.
Existe a expressão de um sentimento feminino, apesar de serem escritas por homens.
É correto afirmar sobre o Trovadorismo que:
Os poemas são produzidos para ser encenados.
As cantigas de escárnio e maldizer têm temáticas amorosas.
Nas cantigas de amigo, o eu lírico é sempre feminino.
As cantigas de amigo têm estrutura poética complicada.
As cantigas de amor são de origem nitidamente popular.
Nas mais importantes novelas de cavalaria que circularam na Europa medieval, principalmente como propaganda das Cruzadas, sobressaem-se:
As namoradas sofredoras, que fazem bailar para atrair o namorado ausente.
Os cavaleiros medievais, concebidos segundo os padrões da nobreza e da honra (por quem lutam).
As namorada castas, fiéis, dedicadas, dispostas a qualquer sacrifício para ir ao encontro do amado.
Os namorados castos, fiéis, dedicados que, entretanto, são traídos pelas namoradas sedutoras.
Os cavaleiros sarracenos, eslavos e infiéis, inimigos da fé cristã.
A expressão “mia senhor” e “mia dona” evidenciam:
O amor cortês, subserviente, numa relação muito semelhante a do servo feudal.
O amado surge como tratamento de “meu amigo”.
O homem apaixonado relata seu desespero ao rei através das cantigas.
“Mia senhor” é quando a mulher apresenta seu desespero diante da ausência do amado.
O trovador, normalmente de classe social elevada, deseja uma mulher simples cortejando-a.
Considerando a peça Auto da Barca do Inferno como um todo, indique a alternativa que melhor se adapta à proposta do teatro vicentino.
Gil Vicente tem como objetivo alcançar a consciência do homem, lembrando-lhe que tem uma alma para salvar.
As figuras do Anjo e do Diabo, apesar de alegóricas, não estabelecem a divisão maniqueísta do mundo entre o Bem e o Mal.
As personagens comparecem nesta peça de Gil Vicente com o perfil que apresentavam na terra, porém apenas o Onzeneiro e o Parvo portam os instrumentos de sua culpa.
Gil Vicente traça um quadro crítico da sociedade portuguesa da época, porém poupa, por questões ideológicas e políticas, a Igreja e a Nobreza.
Entre as características próprias da dramaturgia de Gil Vicente, destaca-se o fato de ele seguir rigorosamente as normas do teatro clássico.
A sequência correta encontramos na alternativa:
T – T –T – H – H
H – H – T – H – T
H – T – H – H – T
T – T – T – H – T
T – T – H – H – T
Os jograis e menestreis tiveram papéis diferentes no contexto medieval. Enquanto os primeiros eram mais ligados à cultura popular e à oralidade, os segundos aproximavam-se da nobreza. Nesse sentido, é
Ambos possuíam posição social elevada e exerciam funções eruditas.
Os menestreis estavam ligados à corte, com caráter mais refinado, enquanto os jograis divulgavam a poesia popular.
Os jograis eram reconhecidos como artistas oficiais dos reis e nobres.
Os menestreis, diferentemente dos jograis, não utilizavam instrumentos musicais.
Ambos atuavam apenas como recitadores, sem compor ou cantar.
O paralelismo, presente nas cantigas medievais, pode ser definido como:
A repetição de sons consonantais semelhantes no início das palavras.
A interrupção súbita de uma ideia para reforçar a dramaticidade.
A repetição de estruturas sintáticas semelhantes, criando ritmo e musicalidade.
A substituição de termos por outros mais amenos, evitando constrangimento.
A combinação de diferentes sentidos (olfato, visão, audição) em um mesmo verso.
Observe as frases:
I. Ele tinha pagado todas as dívidas.
II. O valor foi pago integralmente ontem.
Esses exemplos ilustram a diferença entre:
Uso de advérbios regulares e irregulares.
Formas regulares e irregulares do particípio.
Sujeito simples e sujeito composto.
Período simples e período composto.
Voz passiva e voz reflexiva.
O Humanismo, em Portugal, representou uma transição entre a Idade Média e o Renascimento. Entre suas características, destaca-se:
A centralidade da fé religiosa e do teocentrismo.
A permanência absoluta das tradições feudais.
O antropocentrismo e a valorização da razão e das artes.
A ausência de influências clássicas na cultura europeia.
A manutenção do poder da Igreja sobre todas as manifestações culturais.
O Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente, é um marco do teatro português. Nessa obra, o autor:
Exalta os feitos heroicos dos cavaleiros medievais.
Satiriza vícios e comportamentos da sociedade, promovendo reflexão moral.
Propõe uma ruptura com a religiosidade, aproximando-se do cientificismo renascentista.
Valoriza apenas o riso e o entretenimento, sem caráter crítico.
Reproduz fielmente as normas do teatro clássico greco-romano.
No contexto histórico-literário, o Trovadorismo e o Humanismo apresentam diferenças marcantes. É correto afirmar que:
Ambos os movimentos foram essencialmente populares e musicais.
O Trovadorismo refletia a sociedade feudal e teocêntrica; o Humanismo, por sua vez, antecipava o Renascimento e o Classicismo com foco no homem.
O Trovadorismo era marcado pelo antropocentrismo; o Humanismo, pelo teocentrismo.
O Humanismo consistiu em uma forma de cantiga lírica medieval.
O Trovadorismo negava a musicalidade, enquanto o Humanismo a resgatava.
No Auto da Barca do Inferno, Gil Vicente utiliza personagens simbólicos, como o Fidalgo, o Onzeneiro, o Sapateiro e o Parvo. A presença desses personagens evidencia que:
O autor buscava apenas retratar a nobreza, sem crítica social.
O texto mostra a ascensão da burguesia e o fim do poder religioso.
O objetivo principal era narrar aventuras cavaleirescas da época medieval.
O Parvo simboliza a corrupção da Igreja e a exploração econômica da população.
A peça representa um julgamento moral, em que cada personagem leva para a morte os vícios que cultivou em vida.
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